sábado, 8 de novembro de 2008

sem rumo

Minha liberdade custa pouco nessa terra de zé ninguém. Aqui qualquer migalha de pão é suficiente pra forrar os estômagos nervosos. Vou escolher sair correndo, pular, sapatear com sandálias douradas. Tudo acaba a qualquer momento.E tudo caminha amanhã de manhã. Todos os príncipes encantados um dia usam saia, esfarelam e viram poesia cósmica. Alguém deve permanecer. Eu, eu permaneço, morro e permaneço. Lei divina, não foi eu que inventei. Os monstros safados divinos criaram essas leis que fazem de todo humano celestial um capeta dos infernos.
Os pensamentos ruins hoje vão surgir. E se alguém perguntar por mim, diga que estou por aí... em qualquer esquina ou botequim.
Vou sair de casa, e se amanhã eu perceber que isso que eu chamei de liberdade, era apenas mais uma mentirinha de um dos meus eus... paciência, eles me enganaram de novo... Na verdade eu durmo... e hoje sem culpa cristã e sofrimento, amanhã eu choro.
Estou pronta, passei meu batom, rímel nos olhos e minha nobre viseira.

Acabei de peidar pro mundo. Como é bom cagar pra vida de vez em quando.

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