2. Doçura (no encontro não paro de saltar... estou leve.)
Ela entrou no quarto ele estava lá. Ela estava bonita. Ela entrou no quarto, ele estava lá, nu. Ela estava elegante, com a melhor roupa. Ela entrou no quarto, ele estava lá, pelado pulando pulos pulos e pulos na cama pequena no quarto minúsculo. Ela estava bonita cheirosa os dentes bem escovados. Ele estava lá, cada pulo no cama, um peido. Ela estava lá, intacta. Ele peidava. Ela bonita. Ele só amava mulheres que fossem capazes de soltar gazes na sua frente. Ela estava lá.
Ela não sabe fazer xixi na frente da gente. Ela come pouco, é bem educada, tem sorriso limpo, ela não peida, não caga e não fica doente. Ela tem pavor de alguém compartilhar com ela seu momento de mulher horrorosa, ela e o vaso. Ela no vaso, eis a pior visão que se poderia ter de uma fêmea. A bunda não senta comportada elegante fina delicada como bunda de princesa. Sua bunda invade o ar, escorre pendura pelo vaso, se percebe os pedaços de gordura que ela foi capaz de ingerir pela boca. Sua bunda sobra. Parece uma velha amorfa, enrugada e gorda. É bunda de mulher, mulher que bota filho no mundo, que cospe selvagem na vadia amante, que segura o pau do homem qualquer que quiser enganar. Esse tipo de bunda não deve ser aceito por aqui.
Ela se esconde e imagina lá dentro daquele banheiro, que sua fragilidade esteja apenas ali, na bunda. Ela levanta da cama, enfia a calça de silhueta marcada, e abandona a cena em passos tímidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário