domingo, 26 de setembro de 2010
Mulher Mar
terça-feira, 21 de setembro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
(C.G.Jung - Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo)
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Nina Simone "Feelings" (Montreux Jazz Festival)
Minha alma precisar escutar e ver esse vídeo sempre.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Como dois e dois - Caetano veloso
Me ouvir cantar
Venha não creia
Eu não corro perigo
Digo, não digo, não ligo
Deixo no ar
Eu sigo apenas
Porque eu gosto de cantar...
Tudo vai mal, tudo
Tudo é igual
Quando eu canto
E sou mudo
Mas eu não minto
Não minto
Estou longe e perto
Sinto alegrias
Tristezas e brinco...
Meu amor!
Tudo em volta está deserto
Tudo certo
Tudo certo como
Dois e dois são cinco...
Quando você
Me ouvir chorar
Tente não cante
Não conte comigo
Falo, não calo, não falo
Deixo sangrar
Algumas lágrimas bastam
Prá consolar...
Tudo vai mal
Tudo, tudo, tudo, tudo
Tudo mudou
Não me iludo e contudo
A mesma porta sem trinco
Mesmo teto, mesmo teto
E a mesma lua a furar
Nosso zinco...
Meu amor!
Tudo em volta está deserto
Tudo certo
Tudo certo como
Dois e dois são cinco
Meu amor! Meu amor! Meu amor!
Tudo em volta está deserto
Tudo certo
Tudo certo como
Dois e dois são cinco...
segunda-feira, 19 de julho de 2010
.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
...
quinta-feira, 1 de julho de 2010

Estou em silêncio dias sem falar escuto gritos do meu peito lamúrios do mundo disseram-me que não sei escrever acreditei de novo.
o que é saber alguma coisa?
Eu não sei escrever agora não escrevo colo fotos nomes letras de outros.
domingo, 13 de junho de 2010
MOVIMENTOS MUSICAIS URBANOS

Coordenação Geral: João das Neves
Direção Musical: Léo Nascimento
Músicos: André Luiz, Léo Nascimento, Luciano Mendes, Lucimara Bispo, Marcela Biasi e Rômulo Albuquerque.
Coro de Atrizes:Beatriz Miguez, Erika Coracini, Ioneis Lima, Marilene Grama, Nádia Bittencourt, Paula Carrara, Rebeca Braia, Renata Ramos, Rimenna Procópio.
Contato: asalziras@gmail.com
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Ana Tereza

O corpo de minha mãe
Como o caminhar do Rio.
Corre sempre a fio,
Estendendo os braços,
Acolhendo sempre
O que é de mais especial
E vil ao redor.
Seja o sereno matutino,
Os seres aquáticos,
A flor decomposta
Ou o corpo amado.
Seja o filho ou o tio!
O corpo de minha mãe
Não julga, não ordena
Não faz frio.
Breno Procópio
*Breno Procópio é jornalista escritor amazonense mineiro carioca dindi filho de Regina.
http://prosacomcultura.wordpress.com/
quinta-feira, 10 de junho de 2010
terça-feira, 8 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
As impressões digitais
Aonde quer que eu vá, elas me perseguem. Debaixo do Cruzeiro do Sul, cruz de fulgores, vou vivendo as estações de meu destino.
Não tenho nenhum deus. Se tivesse, pediria a ele que não me deixe chegar à morte: ainda não. Falta muito o que andar. Existem luas para as quais ainda não lati e sóis nos quais ainda não me incendiei. Ainda não mergulhei em todos os mares deste mundo, que dizem que são sete, nem em todos os rios do Paraíso, que dizem que são quatro.
Em Montevidéu, existe um menino que explica:
— Eu não quero morrer nunca, porque quero brincar sempre."
Eduardo Galeano - O Livro dos Abraços
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Milágrimas - Itamar Assumpção e Alice Ruiz
Mude o corte de cabelo
Mude como modelo
Vá ao cinema dê um sorriso
Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo
Se amargo foi já ter sido
Troque já esse vestido
Troque o padrão do tecido
Saia do sério deixe os critérios
Siga todos os sentidos
Faça fazer sentido
A cada mil lágrimas sai um milagre
Caso de tristeza vire a mesa
Coma só a sobremesa coma somente a cereja
Jogue para cima faça cena
Cante as rimas de um poema
Sofra penas viva apenas
Sendo só fissura ou loucura
Quem sabe casando cura
Ninguém sabe o que procura
Faça uma novena reze um terço
Caia fora do contexto invente seu endereço
A cada mil lágrimas sai um milagre
Mas se apesar de banal
Chorar for inevitável
Sinta o gosto do sal do sal do sal
Sinta o gosto do sal
Gota a gota, uma a uma
Duas três dez cem mil lágrimas sinta o milagre
A cada mil lágrimas sai um milagre
domingo, 30 de maio de 2010
Trajetória amorosa ...
Ela entrou no quarto ele estava lá. Ela estava bonita. Ela entrou no quarto, ele estava lá, nu. Ela estava elegante, com a melhor roupa. Ela entrou no quarto, ele estava lá, pelado pulando pulos pulos e pulos na cama pequena no quarto minúsculo. Ela estava bonita cheirosa os dentes bem escovados. Ele estava lá, cada pulo no cama, um peido. Ela estava lá, intacta. Ele peidava. Ela bonita. Ele só amava mulheres que fossem capazes de soltar gazes na sua frente. Ela estava lá.
Ela não sabe fazer xixi na frente da gente. Ela come pouco, é bem educada, tem sorriso limpo, ela não peida, não caga e não fica doente. Ela tem pavor de alguém compartilhar com ela seu momento de mulher horrorosa, ela e o vaso. Ela no vaso, eis a pior visão que se poderia ter de uma fêmea. A bunda não senta comportada elegante fina delicada como bunda de princesa. Sua bunda invade o ar, escorre pendura pelo vaso, se percebe os pedaços de gordura que ela foi capaz de ingerir pela boca. Sua bunda sobra. Parece uma velha amorfa, enrugada e gorda. É bunda de mulher, mulher que bota filho no mundo, que cospe selvagem na vadia amante, que segura o pau do homem qualquer que quiser enganar. Esse tipo de bunda não deve ser aceito por aqui.
Ela se esconde e imagina lá dentro daquele banheiro, que sua fragilidade esteja apenas ali, na bunda. Ela levanta da cama, enfia a calça de silhueta marcada, e abandona a cena em passos tímidos.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Trajetória amorosa ...
Perdoa-me que já não posso correr pelada. Têm dó de mim, e arranca-me esses sapatos mofados. Perdoa a minha inutilidade. Sopra nos meus cabelos os teus sorrisos. Derrama nas minhas idéias tua impotência. Grita em berros fortes teu nome e me perde, larga-me ao vento. Deixa eu correr deixa eu correr
terça-feira, 25 de maio de 2010
Bloco do Prazer
Gal Costa
Composição: Moraes Moreira/ Fauto Nilo
Pra libertar meu coração
Eu quero muito mais
Que o som da marcha lenta
Eu quero um novo balancê
O bloco do prazer
Que a multidão comenta
Não quero oito nem oitenta
Eu quero o bloco do prazer
E quem não vai querer?
Mamã mamãe eu quero sim
Quero ser mandarim
Cheirando gasolina
Na fina flor do meu jardim
Assim como o carmim
Da boca das meninas
Que a vida arrasa e contamina
O gás que embala o balancê
Vem
Meu amor feito louca
Que a vida tá pouca
E eu quero muito mais
Mais
Que essa dor que arrebenta
Paixão violenta
Oitenta carnavais.
sábado, 22 de maio de 2010
os zóio dela
seus olhos piscavam como se repousassem
ela tinha a pele macia
olhos profundos
ele deitado sobre ela
prendia a respiração
congelava o segundo
ela dançava pequenos beijos em seus olhos
ele os olhos sorriam
o gosto do sorriso do sofrimento
eram meninos
dois
foi assim que calçaram os sapatos trocados
e ela se perdeu
ela tem plantado no ventre um bocado de terra
tem zóião grande cheio de deus
ela existe por causa do amor
alucinação de criança
Ps: ouvindo CRUA - Otto
crua
Otto
Há sempre um lado que pese e um outro lado que flutua. Tua pele é crua.
Há sempre um lado que pese e um outro lado que flutua. Tua pele é crua.
Dificilmente se arranca lembrança, lembrança, lembrança, lembrança...
Por isso da primeira vez dói, por isso não se esqueça: dói.
E ter que acreditar num caso sério e na melancolia que dizia.
Mas naquela noite que eu chamei você fodia. fodia.
Mas naquela noite que eu chamei você fodia de noite e de dia.
Há sempre um lado que pese e um outro lado que flutua. Tua pele é crua. É crua.
Há sempre um lado que pese e um outro lado que flutua. Tua pele é crua. É crua.
Dificilmente se arranca lembrança, lembrança, lembrança, lembrança...
Por isso da primeira vez dói, por isso não se esqueça: dói.
E ter que acreditar num caso sério e na melancolia que dizia.
Mas naquela noite que eu chamei você fodia de noite e de dia.
Mas naquela noite que eu chamei você fodia. fodia.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
ipiranga com são joão
Eu precisava daquela revolta dele. Ele também precisava do meu universo na cama dele. Não que quisesse ter uma vida diferente da que ele têm. Mas aquilo tudo fazia ele se sentir vivo.
PS: ouvindo o cd de musiquetas.
domingo, 28 de março de 2010
Mulher minha
Teus beiços, mulher minha, carnudos com carnes frescas, treme e geme mulher minha. Por onde andas?
Soco, cago, vomito e emagreço. Estou virando em circulações constantes. Eu não posso mais dormir. Eu sei, sei saber de outra como eu. Mulher, aí aí mulher... você me chega, me beija e já tua, não mais eu, agora essa. Quero sair agora. Quero beiços vermelhos, com ventre maduro, e pele de piá.
Girassol, girassol andarilho
Me apareceu
Dorminhoca agressiva
Essa sou eu
Amorteço meu peso
Me derrubo por ti
Essa
Essa
Vaidade
Eu sou água mulher
Mãe
Mulher
Fêmea
Olha nos meus olhos.
Você vê o vazio?
Acorda Amélia! Amélia acorda! Sai daqui! Sai correndo! Leva contigo essa que não sou! Leva pra longe essa bunda só de parideira e me traz vivo um pedaço grande de mulher! Planta aqui! Nos meus peitos! E depois deixa no meu útero o pedaço teu de mãe eterna, e deixa pendurado nas minhas orelhas duas meninas crianças. Vai e vem
domingo, 21 de março de 2010
da dor dela
Belíssima
Implicante inexplicavelmente
Acordou e se fez assim
Nasceu chata
Magrela caolha
Chata
Sarnas nos peitos
O quadril redondo pequeno
Acorda de remela
Late
E manda beijo pro mundo
Pequenos
Goles
De amor
Esvoaçam por aí
Eles e os fios de cabelo
De Ana beatriz
Pedaço de amor
Sem mentira
De dentro da caixa
Os olhos tortos
Unhas mal feitas
E sol que nascia perto
Beliscava sua bochecha
Os cabelos em forma de cacho
Caiam no sorriso
Dele
Ele
No caminho da frente
Na ilusão invenção
Caixa de lápis de cor
Meu bem
domingo, 14 de março de 2010
agora assim
Vamos correr pelados na chuva?
domingo, 28 de fevereiro de 2010
O último Tango em Paris
ELE - Fala logo
ELA - Porque ele sabe como fazer eu me apaixonar por ele.
ELE - Você quer que este homem que ama proteja e cuide de você.
ELA - Sim
ELE - Você quer que este guerreiro de ouro, viril e poderoso construa um forte onde você possa se esconder para nunca mais ter medo nem sentir-se sozinha ou vazia? É isso que você quer?
ELA - Sim
ELE - Bem, você nunca encontrará.
ELA - Mas eu encontrei esse homem.
ELE - Então, logo ele vai querer que você construa um forte para ele com suas tetas, sua vagina, seu cabelo e seu sorriso e com seu cheiro. Um lugar onde ele se sinta tão confortável e seguro para que você o adore diante do altar do próprio pinto.
ELA - Mas eu encontrei esse homem.
ELE - Não. Você está sozinha. Totalmente sozinha e não poderá livrar-se desse sentimento de estar só até encarar a morte a sua frente."
trecho do filme O Último Tango em Paris - Bernardo Bertolucci
Muito bom! arte arte! ewoé! belíssimo!
sábado, 20 de fevereiro de 2010
borboleta
será
sereia
serei
sem
se
s
saiu os olhos da água
depois as asas
comecei a acreditar na aparição de fadas e seres alados
me assustei
fiquei rindo olhando
como deus trazia crianças com botas pro mundo.
...já tinha me avisado que encantava...
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
baby
Caetano Veloso
Composição: Caetano Veloso
Você precisa
Saber da piscina
Da margarina
Da Carolina
Da gasolina
Você precisa
Saber de mim
Baby, baby
Eu sei
Que é assim
Baby, baby
Eu sei
Que é assim
Você precisa
Tomar um sorvete
Na lanchonete
Andar com gente
Me ver de perto
Ouvir aquela canção
Do Roberto
Baby, baby
Há quanto tempo
Baby, baby
Há quanto tempo
Você precisa
Aprender inglês
Precisa aprender
O que eu sei
E o que eu
Não sei mais
E o que eu
Não sei mais
Não sei
Comigo
Vai tudo azul
Contigo
Vai tudo em paz
Vivemos
Na melhor cidade
Da América do Sul
Da América do Sul
Você precisa
Você precisa...
Não sei
Leia
Na minha camisa
Baby, baby
I love you
Baby, baby
I love you...
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
eu por agora...
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
vento de anjo
A menina acordou, limpou os olhos de resto de remela da noite, piscou três vezes, como se fosse um desejo mágico para que o sono fosse embora. Acordou, deu três pulos, pegou a gata, o beijo matinal e... Tinha algo de diferente no pensamento da criança, algo que nunca esteve ali pela sua cabecinha, mas que hoje, no dia de sol na manha, ela pensara.
Piscou de novo, e o pensamento: um anjo. Pensou o que seria um anjo, qual era o seu formato, a sua cor, o gosto da língua adormecida, se ele teria sexo, se anjo teria nome e apelido. É porque naquele dia de calor, enquanto dormia, gotas salgadas iam sendo criadas na superfície de sua pele, e debaixo de sua nunca, no canto esquerdo da boca. E no sono, o sonho veio. Um sopro de anjo que beijava com o vento dos lábios o seu corpo molhado de suor agora por um momento mulher. Um frescor percorria as suas pernas a bunda o peito. Ela teve medo de tentar olhar o que era aquele ser que fazia do tempo pedaço parado de universo completo. Ela teve medo de abrir os olhos, e sua curiosidade levar pra longe aquele que lhe pegava nos braços sem tocá-la. A única certeza que ela tinha era que aquilo só poderia ser anjo. Quem mais no universo poderia lhe deixar congelada de paz então pequeno pedaço de tempo preenchido? Qual ser lhe faria sentir calor, sem sentir o tremor de dor no peito? A menina só conseguiu ouvir o silêncio, e agradecer.
Depois acordou com a boca seca, o gosto salgado doce nos lábios. Abriu os olhos do sono, agora em tempo de mulher, ao lado, o corpo de homem na cama. Ele voltará.