domingo, 26 de setembro de 2010

Mulher Mar

Ela deitou de braços dados com o mar. Os olhos bem abertos surpresos pelo vento viam imagens de cores que se formavam no céu. Ela esperava com sua sutileza nua o novo século que agora começava. A resposta para pergunta era não. Nada mais iria mudar embora tudo mudasse continuamente. Ela abraçava a sua mulher, as duas em pedido de permissão beijavam suas frontes, em uma continência de outros encontros, se reconheciam. As duas mulheres iguais a uma, plantavam suas origens na terra que encontrava o mar. O adeus a casa antiga a morte dos caramujos e o quadro pendurado em sua memória: a noiva virgem morria pendurada na mata, e agora o sangue que caía na terra úmida plantava mulher semente fera. Um adeus com o piscar dos olhos. Deitada em meio a água, ela sorria em berço esplêndido.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

não sei mais pra quê. Não sei, não tenho vontade de continuar. Eu só quero acordar colocar meus pés na terra tomar banho frio e ver e ouvir aqueles que amo. eu quero dançar nua, molhar minha cara na cachoeira, comer bolo de maracujá. dançar.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010