domingo, 13 de junho de 2010

MOVIMENTOS MUSICAIS URBANOS

Apresentação do grupo As Alziras na V Mostra Latino Americana de Teatro de Grupo em abril de 2010


O universo da grande cidade se revela em um percurso musical que promove o encontro/confronto entres as suas manifestações artístico-culturais e aquelas que, vindas de diversas regiões do país, aqui aportaram e deitaram suas raízes. Essa diversidade cultural é expressada em letras, melodias, harmonias, ritmos e timbres que se fundem, formando uma identidade musical de caráter urbano, mas, com traços peculiares de outras regiões do país e do mundo. Esse é o universo que alimenta o núcleo As Alziras no repertório de seu show "Movimentos Musicais Urbanos".

O repertório é formado por canções originais compostas à partir de uma pesquisa teatral baseada em movimentos corporais e relatos de pessoas comuns da cidade de São Paulo, num processo criativo coletivo e colaborativo coordenado por João das Neves durante o ano de 2009.
Ficha Técnica

Coordenação Geral: João das Neves
Direção Musical: Léo Nascimento
Músicos: André Luiz, Léo Nascimento, Luciano Mendes, Lucimara Bispo, Marcela Biasi e Rômulo Albuquerque.
Coro de Atrizes:Beatriz Miguez, Erika Coracini, Ioneis Lima, Marilene Grama, Nádia Bittencourt, Paula Carrara, Rebeca Braia, Renata Ramos, Rimenna Procópio.

Contato: asalziras@gmail.com







sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ana Tereza


Esse poema é um presente à Andréa e Ana Tereza. Ana Tereza respirou o mundo hoje.

Que todos os santos abençoem os caminhos dessas duas grandes mulheres.


CORPO DE MÃE


O corpo de minha mãe
É grande e profundo
Como o caminhar do Rio.
Corre sempre a fio,
Estendendo os braços,
Acolhendo sempre
O que é de mais especial
E vil ao redor.

Seja o sereno matutino,
Os seres aquáticos,
A flor decomposta
Ou o corpo amado.
Seja o filho ou o tio!

O corpo de minha mãe
Não julga, não ordena
Não faz frio.


Breno Procópio


*Breno Procópio é jornalista escritor amazonense mineiro carioca dindi filho de Regina.
http://prosacomcultura.wordpress.com/

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Dia de Borboleta



Relembrando...

Foto do Espetáculo Dia de Borboleta - 2005

terça-feira, 8 de junho de 2010

sexta-feira, 4 de junho de 2010

As impressões digitais

"Eu nasci e cresci debaixo das estrelas do Cruzeiro do Sul.

Aonde quer que eu vá, elas me perseguem. Debaixo do Cruzeiro do Sul, cruz de fulgores, vou vivendo as estações de meu destino.

Não tenho nenhum deus. Se tivesse, pediria a ele que não me deixe chegar à morte: ainda não. Falta muito o que andar. Existem luas para as quais ainda não lati e sóis nos quais ainda não me incendiei. Ainda não mergulhei em todos os mares deste mundo, que dizem que são sete, nem em todos os rios do Paraíso, que dizem que são quatro.

Em Montevidéu, existe um menino que explica:
— Eu não quero morrer nunca, porque quero brincar sempre."

Eduardo Galeano - O Livro dos Abraços

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Milágrimas - Itamar Assumpção e Alice Ruiz

Em caso de dor ponha gelo
Mude o corte de cabelo
Mude como modelo
Vá ao cinema dê um sorriso
Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo
Se amargo foi já ter sido
Troque já esse vestido
Troque o padrão do tecido
Saia do sério deixe os critérios
Siga todos os sentidos
Faça fazer sentido
A cada mil lágrimas sai um milagre

Caso de tristeza vire a mesa
Coma só a sobremesa coma somente a cereja
Jogue para cima faça cena
Cante as rimas de um poema
Sofra penas viva apenas
Sendo só fissura ou loucura
Quem sabe casando cura
Ninguém sabe o que procura
Faça uma novena reze um terço
Caia fora do contexto invente seu endereço
A cada mil lágrimas sai um milagre

Mas se apesar de banal
Chorar for inevitável
Sinta o gosto do sal do sal do sal
Sinta o gosto do sal
Gota a gota, uma a uma
Duas três dez cem mil lágrimas sinta o milagre
A cada mil lágrimas sai um milagre