domingo, 26 de outubro de 2008

dizem por aí

Eu queria ser artista. No meu sonho de menina eu queria ser artista. O meu corpo cresceu, e passei a menina para um outro lugar. Ainda não consigo olhar nos olhos da mulher.
Tudo parece mais fácil nos meus sonhos.
Aprendi a acertar. Só sei fazer isso. Para só acertar, não faço. Permaneço no meio da minha vida. Exatamente no ponto de um observador. Vejo o quão horrorosa e magnífica ela não foi. Permaneço estancada na minha incompetência de viver.

sábado, 11 de outubro de 2008

Alguém chamado Cacá passou por aqui

Próspero, um trabalho sobre os dias do meu naufrágio. Perdida, boiando sobre o meu corpo sem significado.
Qual o significado das coisas? Eu escrevo minha história? Onde ela começa e pra onde ela vai? Minha cabeça-corpo anda meio voando, o mundo resolveu se manifestar essa semana. Resultado, uma Rimenna confusa. Rimennas perdidas, vendo teatro e pensando na vida. Continuo a pensar em ser grande, em virar adulta, ter minha casa, meu cachorro e meu marido. E a arte, aonde ela fica? Pareço esquecer da minha autoridade sobre mim mesma. Existe em mim uma capacidade de escolher o real e o hoje. Qual a escolha? Talvez, eu não preciso ter tantas dúvidas sobre o caminho. Existe um recomeço toda vez que se diz sim. Eu começo aqui alguma história. Eu começo a ver a sentir a ouvir a lógica da arte.