sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ana Tereza


Esse poema é um presente à Andréa e Ana Tereza. Ana Tereza respirou o mundo hoje.

Que todos os santos abençoem os caminhos dessas duas grandes mulheres.


CORPO DE MÃE


O corpo de minha mãe
É grande e profundo
Como o caminhar do Rio.
Corre sempre a fio,
Estendendo os braços,
Acolhendo sempre
O que é de mais especial
E vil ao redor.

Seja o sereno matutino,
Os seres aquáticos,
A flor decomposta
Ou o corpo amado.
Seja o filho ou o tio!

O corpo de minha mãe
Não julga, não ordena
Não faz frio.


Breno Procópio


*Breno Procópio é jornalista escritor amazonense mineiro carioca dindi filho de Regina.
http://prosacomcultura.wordpress.com/

Um comentário:

Andréa Piol disse...

Tirei de mim mesma o maior pedaço de mundo.
O mundo inteiro expulso de dentro de mim vive ao meu lado desagarrado,
independente,
carente
e logo logo desnecessário de mim.

isso tudo com amor.